Quem sofre com o deslocamento habitual da patela e precisa passar por uma cirurgia, normalmente fica apreensivo quanto ao pós-operatório da cirurgia para instabilidade patelar. Essa é uma condição comum que afeta muitas pessoas, especialmente atletas e jovens ativos. 

Portanto, continue a leitura, trarei mais informações que vão te ajudar na tomada de decisão quanto a operar ou não a instabilidade patelar.

O que a instabilidade patelar?

A instabilidade patelar é uma condição em que a patela (ou rótula), que é um osso localizado na frente do joelho, não permanece adequadamente alinhada dentro da trilha do fêmur (osso da coxa) durante o movimento do joelho. Isso pode resultar em sensação de deslocamento, dor, inchaço e fraqueza no joelho. 

Existem dois tipos principais de instabilidade patelar:

Instabilidade patelar traumática

Normalmente, ocorre como resultado de um evento traumático, como uma lesão esportiva ou uma queda, que danifica os ligamentos e estruturas que estabilizam a patela.

Instabilidade patelar habitual

Este ocorre devido a fatores anatômicos, musculares ou funcionais que levam à instabilidade crônica da patela, mesmo na ausência de lesão traumática. Pode estar relacionado a uma variedade de fatores, como fraqueza muscular, desalinhamento dos ossos do quadril ou da perna, ou anormalidades no formato ou movimento da patela.

O tratamento da instabilidade patelar geralmente depende da gravidade dos sintomas e da causa subjacente. Pode incluir fisioterapia para fortalecer os músculos ao redor do joelho, terapia de mobilização para melhorar o alinhamento e a estabilidade da patela, e em alguns casos, cirurgia para reparar ligamentos danificados ou realinhar as estruturas anatômicas.

Quando é indicada a cirurgia para instabilidade patelar?

A cirurgia para instabilidade patelar é geralmente considerada quando medidas conservadoras, como fisioterapia e reabilitação, não são eficazes na resolução dos sintomas e na restauração da estabilidade do joelho. 

As indicações de cirurgia para instabilidade patelar podem variar dependendo da causa subjacente da instabilidade patelar e da gravidade dos sintomas, como:

Instabilidade patelar recorrente

Caracterizada quando a patela continua a deslocar-se para fora de sua trilha durante as atividades normais, apesar do tratamento conservador.

Lesões associadas

Quando há danos significativos nos ligamentos, cartilagens ou outras estruturas do joelho devido à instabilidade patelar recorrente.

Alterações anatômicas significativas

Em alguns casos, anomalias estruturais no formato ou alinhamento dos ossos do quadril, fêmur ou tíbia podem contribuir para a instabilidade patelar. A cirurgia pode ser necessária para corrigir essas anomalias e realinhar as estruturas do joelho.

Sintomas incapacitantes

Se a instabilidade patelar causar dor crônica, limitação funcional significativa ou interferir nas atividades diárias e esportivas.

Quais as opções cirúrgicas para instabilidade patelar?

Existem várias opções cirúrgicas para tratar a instabilidade patelar, e a escolha do procedimento depende da causa subjacente da instabilidade, da gravidade dos sintomas e da anatomia específica do paciente. 

No entanto, é importante discutir com o seu cirurgião ortopédico especialista em joelho para determinar a opção cirúrgica mais adequada com base na sua condição e nos objetivos de tratamento. Cada procedimento tem seus próprios riscos e benefícios, e o plano de tratamento deve ser personalizado para atender às necessidades individuais.

Como é o pós-operatório da cirurgia para instabilidade patelar?

O pós-operatório da cirurgia para instabilidade patelar pode variar dependendo do tipo de procedimento realizado e das necessidades específicas do paciente. No entanto, geralmente, algumas orientações devem ser seguidas para promover a recuperação adequada e prevenir complicações. São elas:

– Imobilização inicial: Após a cirurgia, pode ser necessário usar um curativo ou imobilizador no joelho para ajudar a estabilizar a articulação e proteger os tecidos operados. Isso pode ser substituído por uma tala ou órtese de joelho, conforme recomendado pelo cirurgião.

– Reabilitação: A fisioterapia é uma parte essencial do processo de recuperação. Inicialmente, os exercícios serão focados em reduzir o inchaço, restaurar a amplitude de movimento e fortalecer os músculos ao redor do joelho. Conforme a recuperação progride, os exercícios serão ajustados para melhorar a estabilidade, resistência e função do joelho.

– Controle da dor e inchaço: São prescritos medicamentos para alívio da dor e do inchaço durante o período pós-operatório. Além disso, aplicar gelo no joelho pode ajudar a reduzir o inchaço e o desconforto.

– Restrições de atividade: Nas primeiras semanas após a cirurgia, é comum que haja restrições, como evitar atividades físicas extenuantes, levantar objetos pesados ou dobrar excessivamente o joelho. 

– Acompanhamento médico: Consultas de acompanhamento com o cirurgião para monitorar a recuperação, remover pontos, ajustar o plano de reabilitação conforme necessário e avaliar o progresso geral são necessárias nessa fase.

O tempo de recuperação total pode variar de acordo com o tipo de cirurgia realizada e a resposta individual do paciente ao tratamento, entretanto, é indispensável que as orientações para o pós-operatório da cirurgia para instabilidade patelar, sejam seguidas cuidadosamente para garantir uma recuperação bem-sucedida e reduzir o risco de complicações.